Os conselhos de Ética do Senado e da Câmara dos Deputados acumulam 21 processos sem resolução. Os colegiados paralisam as atividades no início da pandemia e ainda não têm previsão de retorno.
O caso mais recente a chegar ao Conselho de Ética do Senado foi o do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro na cueca , mas outros 10 processos aguardam análise desde o ano passado. O presidente do colegiado, Jayme Campos (DEM), disse com o retorno do trabalho presencial os processos devem ser apreciados conforme a data de envio. Neste formato, a eventual cassação do mandato de Chico Rodrigues ficaria por último na fila.
Um dos processos parados no Senado é o enviado contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) acusado de praticar rachadinha, ter envolvimento com milícias, lavar dinheiro e contratar funcionários fantasma. Além de Flávio, o próprio presidente do Conselho de Ética responde a um processo por agredir um eleitor na cidade de Várzea Grande, cuja prefeita é a sua esposa.
Já na Câmara, o caso com mais chance de punição é o da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser a mentora do assassinato do marido, Anderson do Carmo. Mesmo assim, a denúncia contra a deputada ainda nem chegou ao Conselho de Ética.
A Câmara lida com outros dez processos enviados em 2019. Na Câmara, outro filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) responde por processo, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tem uma representação por ter cogitado o retorno do AI-5 e uma outra por ofender a deputada Joice Hasselman (PSL-SP).