Em coletiva de imprensa nesta sexta (16), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou o plano de retomada econômica do Estado para os anos de 2021 e 2022. Doria enfatizou que solução para a economia paulista, em meio à crise da Covid-19, é não subir impostos e gerar emprego por meio de investidores privados nacionais e estrangeiros para 19 projetos de parcerias público-privadas (PPPs) e concessões.
“O governo não aumentou, não aumenta e não aumentará nenhum imposto “, disse Doria. Sobre a retomada, Henrique Meirelles, secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, afirmou que “o crescimento econômico e a geração de empregos é o melhor e mais eficaz programa social que existe”.
O governador afirmou que o plano será seguido, sem precisar passar por aprovação da Assembleia Legislativa paulista. “O plano de retomada não envolve nenhuma obrigatoriedade de aprovação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Portanto, ele será efetivado pelo governo exatamente como apresentado, nos dois anos em que está programado”.
Falando das privatizações, Doria disse que elas seguirão “dentro dos trâmites legais, cabíveis, com a proteção e os cuidados necessários. Todos os programas de concessões, privatizações e PPPs seguirão os ritos determinados pela lei”.
O plano 2021-2011 para São Paulo quer promover o crescimento econômico por meio da atração do investimento privado em concessões e PPPs (Parcerias Público-Privadas) de projetos que envolvem trens, metrô, rodovias, aeroportos e hidrovias.
As ações estão combinadas em seis eixos: infraestrutura, dinamismo setorial, ambiente de negócios, desenvolvimento sustentável, redução de desigualdades e internacionalização. Estão previstas medidas para reduzir a burocracia e facilitar a atuação de investidores São Paulo, além da expansão de missões comerciais do Governo do Estado em busca de novos negócios no exterior.
O plano de retomada quer mover R$ 36 bilhões para impulsionar a economia do estado de São Paulo e gerar cerca de 2 milhões de empregos.
“A previsão é de R$ 36 bilhões em investimentos nos dois próximos anos e criação de 2 milhões de novos empregos em quatro anos. Na mesma semana em que aprovamos a modernização administrativa do Estado na Assembleia Legislativa, com a extinção de cinco estatais e economia de R$ 7 bilhões em recursos públicos, lançamos agora o plano de recuperação econômica e atração de capital privado nacional e multinacional para São Paulo”, declarou o Governador.
“Serão beneficiados 14 polos de desenvolvimento econômico, entre eles tecnologia, comércio, serviços, saúde, indústria, infraestrutura, turismo e agricultura. É o mais audacioso plano de desenvolvimento econômico já realizado em São Paulo”, acrescentou Doria.
Em 2019, a economia do estado de São Paulo cresceu 2,8%, enquanto a do Brasil atingiu em torno de 1%, segundo dados do Banco Central. Neste ano, a tendência de crescimento foi interrompida pela pandemia de Covid-19.
Segundo dados do governo, durante o período mais agudo da pandemia, 74% dos setores econômicos permaneceram em atividade, enquanto obras com recursos públicos e privados somaram R$ 44,8 bilhões e geraram 148 mil empregos.
O governo afirma que Plano São Paulo ajudou a preservar cerca de 318 mil empregos ao longo de 2020 e criou condições para que a retomada econômica ganhe força nos próximos meses.