Nesta quinta-feira (15) é comemorado o Dia Nacional do Consumo Consciente. A data foi instituída pelo Ministério do Meio Ambiente, no ano de 2009, para despertar a consciência da população para os problemas sociais, econômicos e ambientais causados pelos padrões de produção e consumo excessivos e insustentáveis praticados.
O consumo desenfreado de produtos e serviços tem levado muitas famílias à condição de superendividamento. Isso se tornou um fenômeno social e econômico que precisa ser debatido, pois interfere diretamente na qualidade de vida das pessoas, gerando tensões, ansiedade e até depressão.
Para quem não conhece a diferença, o consumismo é diferente do consumo. O consumo diz respeito à satisfação de necessidades básicas, como o alimento, o vestuário, a moradia e o transporte. Já o consumismo remete ao ideal de satisfação pessoal, de felicidade e status, por meio da compra desenfreada de produtos e serviços supérfluos.
“A população precisa se sensibilizar sobre os impactos sociais e ambientais que um consumo desordenado pode causar e começar a mudar os hábitos de consumo e descarte dos produtos. Esse é um bom momento para reflexão e formação de consciência sobre o uso moderado dos recursos naturais e do uso sustentável do dinheiro”, ressaltou o diretor-presidente do Procon-ES, Rogério Athayde.
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com 18 mil consumidores em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, em setembro de 2020, apontou que 67,2% das famílias relataram ter dívidas (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa).
Já a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso – e que, portanto, permanecerão inadimplentes – representa 12%. Somente em 2020, mesmo com a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), o Procon-ES realizou 1.333 atendimentos relacionados aos cálculos e negociação de dívidas.
Athayde explicou a importância de realizar um planejamento financeiro familiar e de sempre destinar uma parte das finanças para uma poupança, investimento e previdência complementar.
“É extremamente necessário buscar o equilíbrio financeiro da família e isso depende de esforço e de escolhas. Faça uma planilha com os gastos mensais, assim, poderá saber o quanto gastar, sem acumular dívidas. Poupar é fundamental. E a redução do consumo poderá ajudar a guardar dinheiro para um imprevisto ou para a realização de um sonho”, ponderou o diretor-presidente do Procon-ES.
Algumas questões que norteiam as decisões de compra do consumidor consciente:
Por que comprar?
Este produto é realmente necessário ou estou comprando sem saber o por quê?
O que comprar?
Qual produto mais atende minhas necessidades?
Como comprar?
Vale mais a pena comprar a crédito, com prestações que não pesam no orçamento ou à vista, com desconto?
De quem comprar?
Esta empresa respeita as leis trabalhistas, é ambientalmente responsável e paga os seus impostos corretamente?
Como usar?
Sei como operar com eficiência este equipamento? Vou utilizar integralmente estes alimentos?
Como descartar?
Quando acabar a vida útil deste produto, saberei dar o destino correto a cada um de seus componentes?
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