Cartões postais importantes da capital federal estão reabertos. Um deles, o Pedalinho do Parque da Cidade, muito marcante na vida dos moradores da cidade nas décadas de 1980 e meados da década de 1990, renasceu totalmente diferente para o Festival Flutua. Até 31 de outubro, o evento privado, inédito no país, vai misturar música, cinema e teatro a bordo de boias gigantes de bichos ancorados no laguinho do parque.
Durante a reforma, além de novas estruturas e instalações coloridas, divertidas e sustentáveis, o local também passou a ter caiaques, nova iluminação e um píer feito totalmente de madeira plástica ecológica. A mudança foi feita por meio de parceria público-privada entre a administração do Parque da Cidade e o festival.
Responsável pelo projeto, a arquiteta e designer de interiores Renata Cortopassi explica que a intenção da reforma é mesclar diversão e arte com bens duráveis, sustentabilidade e custo-benefício a partir do reaproveitamento de materiais. “Essa reforma tinha que ser muito divertida para realmente trazer vida de volta àquele lugar que há tanto tempo estava abandonado. E para contrapor essa sensação de abandono, eu propus utilizarmos as mesmas cores do evento na identidade visual: rosa, amarelo e azul”, disse.
Acessibilidade e sustentabilidade
Além de cores, formatos e texturas, o piso também foi adaptado com rampas de acesso para cadeirantes. O novo Pedalinho ganhou iluminação de led, que garante a economia de energia, e postes de luz miniaturas. “O píer estava muito perigoso e em uma condição muito precária. Foi refeito com uma madeira plástica, que é um material 100% reciclado, que vem de uma indústria super limpa que aproveita resíduos industriais de fábricas de papel. Essa madeira é toda feita a partir do aproveitamento de resíduos plásticos, que são ótimos e que contam com uma cobertura que imita a madeira, mas que é muito mais durável e de difícil desgaste”, explica.
Apesar de o pedalinho fazer parte do projeto do festival, toda a estrutura revitalizada da atração será permanente. Depois do fim dos eventos, a reativação do local deve passar por trâmites burocráticos para a administração do local assumir a reabertura do espaço.
Torre
Após dois anos fechado, outro ponto turístico afetivo na vida dos brasilienses, a Torre de TV, também foi reaberta esta semana para visitação. Projetado pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa, o local, inaugurado em 1967, passa a ser gerido por um banco e funcionará de quinta-feira a domingo, das 12h às 18h, seguindo as medidas necessárias para evitar contágio pelo novo coronavírus (covid-19).
O governo do Distrito Federal investiu R$ 16,5 milhões na restauração do local. Além de pintura e da reforma do mirante, que terá um bistrô com vista panorâmica no mezanino, a feira de artesãos da torre também passou por revitalização. Cerca de 4,5 mil metros quadrados de calçadas de concreto foram refeitos. Os elevadores e as escadas rolantes também foram recuperados.
Edição: Fernando Fraga