Para Victor Vilela Dourado, que é presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, a quarteirização na contratação de profissionais que, segundo ele, já vinha acontecendo há muito tempo, se tornou algo agudo durante a pandemia de Covid-19.
“O sindicato vem fazer críticas ao modelo das organizações sociais há muitos anos, porque representam uma degradação das condições de trabalho muito grande. Essas entidades representam 50% das denúncias que chegam até nós sobre condições de trabalho e salários atrasados”, afirmou.
Desrespeito à convenção
De forma semelhante, Elaine Leoni, que é a presidente em exercício do Sindicato dos Enfermeiros de São Paulo, falou sobre as queixas recebidas envolvendo hospitais públicos, privados e de campanha durante a pandemia.
“Quando um profissional é contratado por uma organização social, nossa convenção coletiva de trabalho não é seguida. De acordo com as denúncias que recebemos, os enfermeiros contratados precisavam, por exemplo, pagar mensalmente dez reais para a organização”, disse.
O próximo encontro da CPI está agendado para o dia 7/10, às 10h. Além dos já citados, também participaram da reunião as deputadas Analice Fernandes, Janaina Paschoal e os deputados José Américo, Sergio Victor e Wellington Moura.