Mudas de qualidade fornecidas gratuitamente e assistência técnica para a gestão da arborização na área urbana dos municípios. Este é o trabalho desenvolvido pelo Programa Florestas Urbanas, implantado há cinco anos pela área de meio ambiente e responsabilidade social da Copel. Neste período, cerca de 100 municípios já foram beneficiados, com o plantio médio de 11 mil árvores por ano, em ruas, avenidas e praças.
A solicitação de mudas é feita de modo online à Copel, e a retirada acontece nos hortos florestais das usinas Governador José Richa (Salto Caxias, no município de Capitão Leônidas Marques) e Governador Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo, em Mangueirinha). No primeiro semestre deste ano foram fornecidas 3.269 mudas, para 11 municípios.
O objetivo é promover uma boa gestão da arborização urbana, com o plantio de espécies adequadas em cada local da cidade. Neste sentido, o plantio de espécies de pequeno porte onde há passagem de rede elétrica é fundamental para garantir que não haja desligamentos de energia e reduzir a necessidade de podas.
De acordo com o diretor da Copel Distribuição, Maximiliano Andres Orfali, a parceria com os municípios contribui com a melhoria ambiental das cidades e reflete na redução das interrupções no fornecimento de energia, através de um conjunto de ações.
“O programa engloba publicações técnicas, produção e fornecimento de mudas de espécies com características adequadas, substituição de árvores de risco, treinamento de gestores e servidores municipais, e ainda aprimoramento de técnicas de podas”, enumera. Uma das publicações a que ele se refere é o Guia de Arborização Urbana, disponível para download na página http://www.copel.com.
PLANO DE ARBORIZAÇÃO – Um dos municípios que participam do programa é Dois Vizinhos, na região Sudoeste do Paraná, que elaborou seu plano de arborização urbana em 2018 e já fez o plantio de 600 mudas de árvores fornecidas pela Copel.
O diretor do Departamento de Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Ciro Costa, enfatiza que o apoio da empresa tem sido fundamental para garantir a gestão da arborização do município, sobretudo pela qualidade das mudas fornecidas.
“Nem que nós quiséssemos comprar no mercado, não encontraríamos mudas com a qualidade que a Copel nos fornece”, avalia o gestor, que é engenheiro florestal e desenvolve um mestrado sobre a qualidade, diversidade e disponibilidade de mudas para arborização urbana no Estado, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Entre as características destacadas por ele estão a resistência das mudas a ataque de formigas e estiagem, além da formação dos espécimes, em altura apropriada para evitar casos de vandalismo, e sem ramificação que possa prejudicar a acessibilidade para os pedestres, nas calçadas. O manejo segue os critérios técnicos estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana – SBAU e pela International Society of Arboriculture – ISA.
PARTICIPAÇÃO POPULAR – O engenheiro florestal destaca que o engajamento dos moradores na gestão da arborização é fundamental para garantir o sucesso do trabalho. No caso de Dois Vizinhos, a elaboração do plano de arborização não só georreferenciou uma amostra de 50% das árvores da cidade, como também ouviu 2.810 moradores da cidade, a fim de identificar a percepção das pessoas e preferências quanto à arborização.
Esta é uma etapa recomendada pelo manual elaborado pelo Ministério Público para a elaboração dos planos, por meio de um comitê de trabalho integrado também pela Copel.
“Quem garante a arborização de uma cidade é a população, ela precisa ser amiga das árvores. Antes, nós só recebíamos pedidos de corte e poda, e hoje nós recebemos pedidos de plantio, e isso graças à parceria com a Copel”, afirma Ciro Costa.
Ele explica que, das mudas retiradas no horto da usina Salto Caxias, uma parte é aplicada em áreas públicas e um lote fica destinado às solicitações da população. Uma equipe da prefeitura visita o local para verificar o tipo de calçada, tamanho do canteiro e se há presença de fiação elétrica. Definida a espécie adequada, o município faz o plantio, sem custo para o solicitante.
As espécies nativas têm preferência na seleção, como por exemplo, o carvalho-brasileiro, alecrim de campinas, pau-ferro, maria-preta e dedaleiro. O ipê também entra na composição, principalmente nas variedades roxo e rosa, já que as flores amarelas possuem maior fator alergênico. “Trabalhamos ainda com frutíferas, como a jabuticaba e pitanga”, complementa Ciro.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
http:///www.facebook.com/governoparana e www.pr.gov.br