Nesta terça-feira (15) a bancada evangélica realiza uma reunião para discutir o veto do perdão a dívidas de igrejas . O objetivo é definir uma estratégia sobre a votação no Congresso, já que a ala está dividida.
Por um lado, há uma maioria que defende a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro. Isso permitiria que as dívidas bilionárias das igrejas fossem perdoadas.
Já a outra ala – mais ligada ao governo, da qual faz parte, por exemplo, o deputado Marco Feliciano (PSC) – defende que é preciso discutir a questão no âmbito da proposta de emenda constitucional. Bolsonaro se comprometeu a enviar a proposta ao Congresso para discutir a imunidade de impostos das igrejas.
O governo Bolsonaro quer colocar a questão da isenção igrejas e templos na segunda fase da proposta de reforma tributária.
Sóstenes Cavalcante (Democratas), deputado federal e um dos líderes da bancada evangélica, disse ao GloboNews nesta terça (15) que a decisão do presidente Bolsonaro decepcionou a ala. O presidente pede ao Congresso que derrube o veto à isenção a igrejas.
Para Cavalcante, a orientação de Bolsonaro depois do veto – que alegou que o perdão poderia ser um crime de responsabilidade que leva a impeachment – é contraditória.
O deputado diz que a bancada busca um parecer jurídico que comprove que não há crime de responsabilidade em isentar as igrejas das dívidas, por ser uma imunidade garantida. Ele afirmou também que vai pedir a David Alcolumbre, presidente do Senado, que paute esse veto na primeira sessão de votação de vetos.
Amanhã, nesta quarta (16), Bolsonaro deve se reunir em um almoço com a bancada evangélica para discutir o veto.