A Comissão de Educação do Parlamento de Goiás, promoveu na manhã desta quarta-feira, 22, por meio de videoconferência, a segunda reunião do grupo de trabalho voltado ao programa interprofissional de Educação Emocional. Na pauta do encontro, a preparação e o alinhamento para os eventos do agendados para o início de agosto. Durante os dias 3, 4 e 5, às 9 horas, acontecerão encontros com representantes dos setores de segurança pública, educação e saúde, respectivamente, alvo da iniciativa.
O programa tem como enfoque, a melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho e na convivência interpessoal. A meta principal da proposta é identificar e oferecer, aos profissionais das três áreas, a prevenção do estresse e do adoecimento ocupacional que afeta profissionais de educação, segurança e saúde. A reunião foi conduzida pelo deputado Coronel Adailton (Progressistas), vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), e teve como participantes, os profissionais responsáveis pela condução do projeto, pesquisadores em Educação e saúde mental do Programa de Pós-graduação do Mestrado Profissional em Gestão Organizacional da Universidade Federal de Catalão, Adriana Sadoyama, Geraldo Sadoyama, Bruno Marinho; professor Lucas Guimarães, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), convidado a integrar o grupo; secretário do colegiado, Igino Lucas; e Márcio Barbosa, servidor da Casa.
Coronel Adailton acredita na importância da proposta do programa como instrumento capaz de oferecer aos profissionais condições de desenvolverem melhor relacionamento profissional e familiar. “Será importante para ajudar a melhorar a convivência tanto no trabalho, quanto na família”, afirmou. Na opinião do parlamentar, a iniciativa irá contribuir de forma prática e positiva, inclusive com a mudança de cultura, em que se exige um maior cuidado com a higiene.
Ao mediar o encontro, a professora Adriana explicou a importância da proposta ao enunciar a definição de saúde emocional da Organização Mundial de Saúde (OMS), em que essa é “um estado de bem-estar onde o indivíduo realiza suas próprias habilidades, lida com os fatores estressantes normais da vida, trabalha produtivamente e é capaz de contribuir com a sociedade”.
A estudiosa prosseguiu ao assinalar que o programa visa contribuir para identificar as dificuldades apresentadas pelos indivíduos e propor ações voltadas à melhoria das condições de relacionamento e de saúde emocional , “nosso foco será investigar estas deteriorações nas relações a fim de desenvolver um programa de melhoria nas relações interpessoais das organizações da educação, saúde e segurança pública”, disse.
Com o foco no fortalecimento dos indivíduos que serão o alvo do programa, para que o adoecimento não afete a produtividade dos profissionais, o psicólogo Bruno explicou que o levantamento fará uso do método de amostragem, que possibilitará a identificação do perfil dos integrantes dos respectivos grupos alvo do programa.
Conforme o estudioso, o método contará com levantamento de dados e indicadores, mapeamento por região de Goiás, planejamento das intervenções, execução, educação permanente e reavaliação. Toda a proposta foi desenvolvida a fim de se obter resultados que possam contribuir com a melhoria da satisfação do indivíduo com sua vida, o que tem como retorno, a promoção da qualidade das relações interpessoais e a melhoria da produtividade.
A partir dos levantamentos, que deverão ser realizados com aplicação de questionários, “levando-se em consideração a ética e a confidencialidade”, será possível identificar causas e reduzir sintomas, como por exemplo, de ansiedade, estresse e depressão. A meta do programa é aplicar ferramentas psicológicas, que servirão como fatores de proteção para os participantes, de forma que os mesmos recebam orientações de que forma poderão lidar com determinados problemas do cotidiano, a fim de que permaneçam bem emocionalmente.
“Do questionário, que poderá ser acessado virtualmente, constam 21 ítens, a fim de contribuir para a identificação do perfil dos profissionais”, esclareceu Marinho. Diante do levantamento, será possível compreender o que mais afeta o grupo. “Teremos condições de analisar os fatores que podem levar ao adoecimento para fazer a intervenção adequada”, salientou.
Biossegurança
Diante da necessidade de enfrentamento à pandemia do coronavírus (covid-19), o biólogo Geraldo formulou uma proposta por meio da qual, os profissionais, principalmente de educação , poderão receber capacitação para o retorno às atividades escolares. Com temática voltada à biossegurança, o estudioso propõe oferecer esclarecimentos a respeito da doença, no que se refere à propagação do vírus, importância da prevenção, diagnóstico, vacina e medicamentos, além de medidas de proteção.
Na proposta, Sadoyama pontua, inclusive o grau de riscos a que as pessoas se expõem nas condições de uso de máscara e mantenha distanciamento de 1,5 metros. Segundo ele, o objetivo é obter o levantamento do quanto os indivíduos que integrarão o estudo estão esclarecidos a respeito da pandemia, e do quanto ainda se faz necessário pontuar. A pesquisa também será realizada por meio de aplicação de questionários.
Na opinião do estudioso, o trabalho é importante não apenas para que as pessoas voltem ao convívio social com maior entendimento sobre a covid-19, mas também a fim de evitar a propagação de outras doenças que são transmitidas da mesma forma, como é o caso das que afetam o trato respiratório e se propagam com maior facilidade. “Nosso intuito é a realização do levantamento em agosto e, novamente no início do próximo ano, como uma medida educacional. Já que, provavelmente, deveremos ter que conviver com a doença até o ano que vem”, explicou.
Em sua participação, Lucas enunciou a importância da proposta. “As possibilidades são muitas. A longo prazo, podemos fazer avaliações para acompanhar a evolução do trabalho, identificar necessidades, a fim de implementar novos aspectos ao programa”, ressaltou.