Festas juninas ajudam a alavancar vendas de pequenos produtores
Produtos como batata doce, couve, laranja e milho são os queridinhos da mesa dos brasileiros nesta época do ano devido às receitas típicas das festas de junho e julho. O Estado do Rio de Janeiro produz, hoje, cerca de 17 mil toneladas por ano de milho verde em uma área de 1.640,14 hectares.
O cultivo do milho verde é feito em dois plantios: o primeiro no fim do ano, iniciando normalmente em outubro, chamada de safra, e o segundo, que ocorre entre os meses de fevereiro e março para garantir o abastecimento do milho durante esta época, chamado de safrinha.
– Essa é uma denominação comum para plantio de grãos e utilizado para outras culturas em diversas regiões produtoras – esclarece Rafael Pereira, técnico da Emater-Rio.
Segundo dados da Emater-Rio, a cultura do milho verde no estado está concentrada na região Metropolitana, sendo os municípios de Cachoeiras de Macacu e Magé os que mais contribuem para a oferta estadual do produto.
– A cultura do milho verde tem crescido na região serrana também, principalmente entre produtores de hortaliças que buscam diversificar sua produção e aproveitar outros mercados. Acaba tendo plantio por todo o estado. Tem bom preço e sempre tem boa saída nesta época de festas típicas – afirma Rafael.
Milho: o queridinho junino
Para a nutricionista da Secretaria de Agricultura, Tatiana Novo, o milho apresenta, além do seu valor nutricional, um grande potencial funcional pela presença de antioxidantes e outros compostos bioativos, que são importantes para a defesa do organismo.
Contribuem ainda com o fornecimento para a dieta de fibra alimentar, ferro, magnésio, zinco, selênio, vitaminas do complexo B (tiamina – vitamina BI, riboflavina – vitamina B2 e niacina) e carotenoides (B-caroteno, luteína e zeaxantina).
Além do seu conteúdo em proteínas, fibras e carboidratos complexos (importante fonte de energia), o milho é fonte de lipídios insaturados, especialmente de ácidos graxos poliinsaturados e ácidos graxos monoinsaturados. O consumo desses lipídios está relacionado à redução do risco de doenças cardiovasculares.