Em ato-live, educadores rechaçam volta às aulas sem segurança sanitária

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No ato-live de 26/6 contra o plantão nas escolas durante a pandemia e contra o plano de volta às aulas em setembro, Carlos Giannazi (PSOL) lamentou que Doria não tenha aprendido nada com o exemplo de cidades como Sorocaba, Campinas e Registro, que se precipitaram em reabrir o comércio e tiveram de voltar atrás, tamanho foi o aumento do contágio. “Nós estamos tomando medidas jurídicas e legislativas, mas a mobilização é a chave para reverter essa situação”, disse, ressaltando o trabalho conjunto do vereador Celso Giannazi (PSOL), que também participou da transmissão.

Diversas educadoras relataram a situação de pânico com um retorno às aulas que trará contaminações e mortes. Acostumadas a lidar com a falta do material mais básico, como folhas de sulfite e papel higiênico, simplesmente não acreditam que haverá álcool gel e máscaras para serem trocadas a cada duas horas, por exemplo.

A supervisora de ensino Maurien Rose ressaltou que os oito países que retomaram as aulas reforçaram a verba da educação, o que não está previsto no plano de Doria. “Nós precisamos de condições materiais e das equipes completas.” Já a coordenadora pedagógica Gisele Nunes lembrou as peculiaridades da educação infantil. “A criança tem necessidade de abraçar. Existe uma troca de afeto, e isso é constante.”

Depois de relatar casos de educadores contaminados por serem obrigados a fazer plantões inúteis, o professor Roberto Santos considerou que a definição de uma data cria uma expectativa falsa que se choca com as informações que recebemos todos os dias. “A pandemia não passou. A curva está ascendente.”