A pesquisa que busca estimar o número de pessoas que já contraíram o coronavírus no Rio Grande do Sul terá neste final de semana a quinta etapa de testes rápidos e entrevistas. Encomendado pelo governo do Estado, o estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) mapeia os casos da doença e acompanha a velocidade de disseminação do contágio entre os gaúchos.
Assim como nas rodadas anteriores, a partir deste sábado (27/6) serão testadas 4.500 pessoas nas nove cidades selecionadas: Pelotas, Porto Alegre, Canoas, Santa Maria, Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Ijuí, Passo Fundo e Caxias do Sul.
Serão visitados 500 domicílios em cada uma das cidades até a próxima segunda-feira (29/6). A pesquisa Epicovid19-RS segue o mesmo funcionamento das etapas anteriores. A diferença está no intervalo entre as rodadas de testes e entrevistas, que será definido de acordo com o monitoramento da prevalência da Covid-19 no Estado.
Como os números mais recentes indicam percentuais inferiores a 0,5%, o cronograma para a nova série prevê intervalo de quatro semanas: a quinta etapa ocorre neste final de semana, de 27 a 29 de junho; a sexta etapa deve acontecer de 25 a 27 de julho; a sétima, de 22 a 24 de agosto, e a oitava, de 26 a 28 de setembro.
“Caso a prevalência aumente, vamos diminuir o intervalo entre as etapas. Se a proporção de casos ficar acima de 1%, o intervalo passa a ser de três semanas; se ultrapassar 5%, reduzimos para duas semanas”, explica o reitor da UFPel e coordenador-geral da pesquisa, Pedro Hallal.
Em cada município, a seleção das residências e dos moradores que farão o teste ocorre por meio de um sorteio aleatório, utilizando os setores censitários do IBGE como base.
Para a realização do exame, os entrevistadores coletam uma gota de sangue da ponta do dedo do participante, que é analisada pelo aparelho de testes em 15 minutos. Enquanto aguarda o resultado, o participante responde a perguntas sobre sintomas da Covid-19 nas últimas semanas, busca por assistência médica e rotina em relação a medidas de prevenção e isolamento social.
Os entrevistadores são profissionais voluntários da área de saúde, têm o cartão de identificação do estudo e usam equipamentos de proteção individual (EPIs): máscaras, aventais, sapatilhas, luvas (todos descartáveis) e óculos de proteção.
A pesquisa tem o apoio das secretarias de saúde, centros de vigilância epidemiológica e órgãos de segurança pública dos municípios. Em caso de dúvida, os participantes podem entrar em contato com a Brigada Militar ou a Guarda Municipal para obter confirmar informações sobre a abordagem às casas.
O estudo conta com a parceria de doze universidades públicas e privadas: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos); Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc); Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana); Universidade de Caxias do Sul (UCS); Imed; Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Passo Fundo); Universidade de Passo Fundo (UPF); e Universidade La Salle (Unilasalle).
Os financiadores do projeto são a Unimed Porto Alegre, o Instituto Cultural Floresta, também da capital, e o Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro. Os resultados são divulgados por integrantes da coordenação do estudo e do governo do Estado em aproximadamente 48 horas após a finalização da coleta de dados.
Texto: Ascom Seplag
Edição: Secom