Claudia Lelis pede apoio da bancada federal para implantação da Casa da Mulher Indígena no Tocantins
A proposta da Casa integra
o projeto nacional desenvolvido pelos Ministérios dos Povos Indígenas e das
Mulheres, que vem implantando unidades da Casa da Mulher Indígena em diversas
regiões do país
A deputada estadual
Claudia Lelis (PV) apresentou, na sessão desta terça-feira, 21, na Assembleia
Legislativa do Tocantins, requerimento solicitando que a bancada federal
tocantinense articule junto ao Governo Federal a instalação da Casa da Mulher
Indígena no Estado. A proposta integra o projeto nacional desenvolvido pelos
Ministérios dos Povos Indígenas e das Mulheres, que pretende implantar seis
unidades em diversas regiões do país. Claudia Lelis defende que a criação da
Casa da Mulher Indígena no Tocantins é uma necessidade urgente, diante da falta
de espaços específicos de acolhimento para mulheres indígenas em situação de
vulnerabilidade.
“Essas mulheres enfrentam
não apenas a violência e a desigualdade de gênero, mas também barreiras
culturais e linguísticas que dificultam o acesso aos serviços públicos.
Precisamos de um atendimento humanizado, bilíngue e intercultural, que respeite
as tradições e fortaleça a autonomia dessas mulheres”, destacou a deputada.
O projeto federal das
Casas da Mulher Indígena tem como foco o acolhimento, atendimento psicossocial,
orientação jurídica e fortalecimento da autonomia das mulheres pertencentes a
comunidades originárias.
Segundo Claudia Lelis,
incluir o Tocantins na nova etapa do programa será um marco nas políticas
públicas de gênero e direitos humanos, reafirmando o compromisso do Estado com
a proteção e o empoderamento das mulheres indígenas.
“O Tocantins precisa
estar inserido nesse projeto nacional. É uma questão de respeito, inclusão e
justiça social com as mulheres que preservam nossa identidade e nossas
origens”, reforçou Cláudia Lelis.
O Tocantins abriga uma
das maiores populações indígenas do Brasil Central, com mais de 17 mil
indígenas distribuídos e pertencentes a oito etnias reconhecidas – Javaé,
Karajá, Xerente, Krahô, Krahô-Kanela, Apinajé, Avá-Canoeiro e Karajá-Xambioá.
Essas comunidades estão concentradas principalmente nas regiões do Bico do
Papagaio, Médio Tocantins e Ilha do Bananal, em municípios como Formoso do
Araguaia, Tocantínia, Lagoa da Confusão, Goiatins, Santa Fé do Araguaia,
Itacajá e Tocantinópolis.