Compartilhar
Linda Brasil defende valorização dos profissionais do SAMU e critica baixo número de vagas no concurso do magistério
Nesta quarta-feira, 5, na tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe, a deputada estadual Linda Brasil destacou a paralisação dos motoristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O movimento ocorre desde terça-feira (4) e atinge cerca de 20% da frota de ambulâncias em todo o estado. A categoria reivindica reajuste salarial e equiparação entre profissionais que exercem as mesmas funções, mas recebem de forma desigual.
De acordo com o sindicato da categoria, enquanto os motoristas vinculados à Secretaria de Estado da Saúde (SES) tiveram reajuste salarial de 10%, os trabalhadores contratados pela Fundação Estadual de Saúde (Funesa) receberam apenas 5%. A parlamentar cobra da Secretaria da Saúde não apenas diálogo, mas também medidas concretas que promovam a valorização dos profissionais.
“Não se pode falar em compromisso com a saúde pública enquanto trabalhadoras e trabalhadores continuam desvalorizados e submetidos à desigualdade de tratamento. Defendo uma política de valorização dos servidores públicos da saúde, com reajustes justos, isonomia salarial e condições dignas de trabalho”, frisou Linda.
Para a deputada, valorizar os profissionais é investir na saúde da população. “Cuidar de quem salva vidas é cuidar da população e fortalecer o SUS. Que o Governo do Estado de Sergipe escute a voz desses trabalhadores e reconheça, na prática, a importância de quem está na linha de frente em defesa da vida”, declarou a parlamentar.
Concurso do magistério
Ainda durante seu discurso na Alese, a deputada Linda Brasil criticou o baixo quantitativo de vagas divulgado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED) para o concurso do magistério. O certame será realizado após mais de 12 anos sem concurso público, porém, de acordo com a parlamentar, não atende à realidade das escolas estaduais de Sergipe.
“As 300 vagas que foram anunciadas estão muito aquém das necessidades da rede estadual. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) e o Ministério Público Estadual já apontaram o déficit de mais de duas mil vagas para professoras e professores. Mesmo diante desses dados, o governo insiste em ignorar a realidade”, destacou.
A deputada considera que, no edital divulgado pela SEED, há distorções salariais e de carga horária entre disciplinas do mesmo grupo.
“O que deveria ser uma política de valorização do magistério se tornou um ato meramente burocrático e, pior, um instrumento de propaganda eleitoral”, avaliou Linda.
