Linda Brasil pede valorização dos trabalhadores da saúde e fortalecimento do SUS

Em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), nesta quarta-feira (5), a deputada estadual Linda Brasil (Psol) defendeu a valorização dos servidores que atuam na Secretaria de Estado da Saúde (SES). Segundo a parlamentar, a medida é essencial para garantir melhor atendimento à população e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS).

“Quero expressar minha solidariedade aos motoristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que iniciaram ontem uma paralisação de 24 horas em todo o estado de Sergipe. O movimento é resultado de uma luta justa por reajuste salarial e equiparação entre profissionais que exercem as mesmas funções, mas recebem de forma desigual”, destacou.

De acordo com Linda Brasil, o sindicato da categoria aponta que, enquanto os motoristas vinculados à Secretaria de Estado da Saúde receberam reajuste de 10%, os contratados pela Fundação Estadual de Saúde (Funesa) tiveram aumento de apenas 5%, percentual considerado insuficiente para repor as perdas acumuladas.

 “Não se pode falar em compromisso com a saúde pública enquanto trabalhadoras e trabalhadores continuam desvalorizados e submetidos à desigualdade de tratamento. Defendo uma política de valorização dos servidores públicos da saúde, com reajustes justos, isonomia salarial e condições dignas de trabalho. Cuidar de quem salva vidas é cuidar da população e fortalecer o SUS”, afirmou.

Concurso do magistério

Durante o pronunciamento, Linda Brasil também falou sobre o edital do concurso público do magistério lançado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

 “O edital está longe de atender à realidade das escolas estaduais. O cargo de professor de Ciências da Religião sequer possui vagas imediatas, apenas cadastro de reserva. Além disso, há graves distorções salariais e de carga horária entre disciplinas do mesmo grupo. O que deveria ser uma política de valorização do magistério acabou se transformando em um ato burocrático. As  300 vagas anunciadas estão muito abaixo das necessidades reais da rede estadual de ensino. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica (Sintese) e o Ministério Público do Estado de Sergipe já apontaram um déficit superior a 2 mil professores”, concluiu.

Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese