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Elese promove oficina sobre gestão de imagem com uso de Inteligência Artificial

Publicado em: 03/11/2025 12:29

Com foco na preparação para as eleições de 2026 e no fortalecimento da atuação digital dos parlamentares, a Escola do Legislativo Deputado João de Seixas Dória (Elese) realizou a Oficina ‘Gestão de Imagem para Mandatos, com o uso da Inteligência Artificial (IA)’. A iniciativa teve como objetivo apresentar aos gabinetes parlamentares ferramentas inovadoras de monitoramento e controle da reputação digital, utilizando recursos de IA para aprimorar a comunicação e a interação nas redes sociais.

Durante a oficina, foi disponibilizada uma degustação gratuita de uma ferramenta de controle de imagem digital, que será ofertada às chefias de gabinete dos deputados estaduais. O aplicativo permite compreender os fundamentos da reputação digital, com métricas de monitoramento e relatórios automatizados que auxiliam na tomada de decisões estratégicas relacionadas à imagem pública dos mandatos.

A tecnologia apresentada conta com recursos como triagem e checagem automática de conteúdos, definição do tom de resposta nas interações online, resumo diário automatizado das menções e pauta semanal orientada para as assessorias. O sistema também inclui um módulo de Perguntas e Respostas (da sigla em inglês Q&A – Questions and Answers), facilitando o trabalho das equipes de comunicação no atendimento rápido e coerente às demandas do público.

Carlos Vinicius Lima

O coordenador pedagógico da Elese, Carlos Vinícius Lima, destacou a relevância da oficina. De acordo com ele, a iniciativa chega em um momento estratégico, diante da proximidade das eleições e da crescente importância da presença digital dos parlamentares. “A gestão da imagem é o foco da oficina e é algo fundamental. As Eleições estão batendo à porta, e essa possibilidade de gerir como o deputado está nas redes sociais é essencial. Nós temos hoje um elemento forte chamado fake news, e saber como combater isso é indispensável”, afirmou.

Carlos Vinícius ressaltou ainda que a oficina não apenas aborda o uso da inteligência artificial nas redes sociais, mas também oferece aos participantes o acesso a uma nova ferramenta de controle e monitoramento de imagem. “Essa ferramenta é um grande ganho para a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), para os deputados e para os chefes de gabinete. Ela vai permitir que os assessores possam gerir a imagem dos parlamentares, controlar como eles estão nas redes, evitando fake news, mensagens incorretas e conduzindo o processo da melhor forma possível”, destacou o coordenador.

O gestor de tecnologia da Boa Comunicação, Cezar Fernando dos Santos, explicou que a oficina ‘Gestão de Imagem para Mandatos, com o uso da Inteligência Artificial’ tem como principal objetivo aproximar os assessores parlamentares das novas ferramentas tecnológicas voltadas à comunicação e à reputação digital. “O objetivo principal é estabelecer uma intimidade com esse novo cenário da inteligência artificial, especificamente no âmbito eleitoral e dos mandatos. As mudanças estão acontecendo semanalmente, e quem não se atentar agora para esse novo paradigma vai ficar para trás muito rapidamente”, destacou. De acordo com ele, o encontro busca despertar o interesse dos profissionais e incentivar a adoção de práticas mais modernas de gestão de imagem.

Cezar Fernando dos Santos

Durante a oficina, os participantes são apresentados a exemplos práticos de como as ferramentas digitais podem tanto fortalecer quanto prejudicar a reputação de um parlamentar. “Hoje, qualquer pessoa tem acesso a tecnologias capazes de gerar um ganho de reputação ou um dano irreversível. Por isso, é essencial que os assessores entendam o que pode ser feito para proteger e potencializar a imagem pública, principalmente neste período pré-eleitoral. Nosso foco é oferecer algo realmente útil, com uma parte prática em que eles possam sair daqui já utilizando as ferramentas apresentadas”, explicou o gestor.

Cezar também alertou para os desafios éticos e sociais que surgem com o avanço acelerado da inteligência artificial, especialmente em relação à criação de conteúdos falsos. “Chegamos a um ponto em que já não é possível distinguir o que é real do que é artificial. Vídeos e áudios, que antes eram provas concretas de um fato, hoje podem ser totalmente fabricados. Isso tem impacto não só nas eleições, mas em toda a sociedade. Vamos mostrar exemplos reais, para que os assessores entendam o tamanho dessa transformação. A reflexão é urgente porque quem não se preparar agora será pego de surpresa”, concluiu.

A assessora parlamentar do gabinete da deputada Áurea Ribeiro (Republicanos), Márcia Aguiar, destacou a relevância da oficina promovida pela Escola do Legislativo para as equipes que atuam diretamente com os parlamentares, especialmente em um cenário de rápidas transformações tecnológicas. “É muito proveitoso, principalmente pela velocidade com que a informação muda. Nós que trabalhamos com campanhas eleitorais vemos que, de uma para outra, o avanço tecnológico é enorme. E este ano, a grande questão são as inteligências artificiais: o que é real, o que não é real, o que é ético, o que não é ético. Cada ferramenta nos traz mais preparo e nos ajuda a prestar um serviço de melhor qualidade, evitando cair e ajudar que outros não caiam em fake news ou deepfakes produzidas com tanta facilidade”, afirmou.

Márcia Aguiar

Márcia também ressaltou a importância do cuidado com a reputação digital, especialmente em um ambiente político cada vez mais vulnerável à desinformação. “A gente precisa cuidar muito da imagem do candidato. Estar envolvido em um escândalo gerado por IA, ou pela má gestão de uma ferramenta, causa um desgaste enorme. Por isso, é essencial aprender a se proteger e agir com responsabilidade. Como diria minha mãe, remediar quase sempre sai caro”, concluiu.

O jornalista Daniel Villas-Bôas ressaltou a relevância da iniciativa da Escola do Legislativo ao promover uma oficina voltada ao uso da inteligência artificial na comunicação política. “Vivemos um tempo de digitalização constante e o profissional da comunicação precisa se adaptar a isso. A inteligência artificial não vem para substituir, mas deve ser vista como uma ferramenta de mercado e quem estiver capacitado vai sair na frente. Principalmente em um momento pré-eleitoral, entender essas ferramentas é essencial para ajudar os parlamentares a cuidar da reputação digital. Mesmo quem não ocupa cargo público precisa aprender a lidar com essa nova realidade”, afirmou.

Foto: Jadilson Simões| Agência de Notícias Alese

Fonte: Agência de Notícias do Estado de SE

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