85% dos municípios paranaenses têm saldo positivo de empregos em 2025
Dos 399 municípios do Paraná, 341 registraram um volume de contratações de empregados com carteira assinada acima das demissões entre janeiro e setembro deste ano, segundo dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Isso significa que mais de 85% das cidades paranaenses têm saldo positivo de empregos no ano, um reflexo direto dos mais de 121 mil postos de trabalho formais gerados no Estado em 2025.
Curitiba lidera no volume total de contratações com um saldo de 24.983 empregos com carteira assinada – resultado de 449.286 admissões e 424.303 desligamentos nos nove primeiros meses deste ano. O índice foi puxado principalmente pelo setor de serviços, com 17.565 novas vagas abertas, e o comércio, com 4.041. O desempenho também coloca a Capital paranaense como a sexta cidade com maior número de empregos gerados em 2025.
A vice-liderança estadual ficou com Londrina, onde foram criados 8.940 novos empregos. A segunda cidade mais populosa do Estado também teve como principal destaque o setor de serviços, com 5.952 postos de trabalho, mas também foi fortemente influenciada pela construção civil (1.320 vagas) e a indústria (1.047).
O pódio paranaense é completado por São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Dos 5.987 novos empregados em 2025, 3.358 começaram a trabalhar com prestação de serviços e outros 1.254 na indústria. Com exceção da agropecuária, que manteve nível estável de empregos, todos os segmentos registraram saldo positivo de contratações na cidade.
A RMC, aliás, deu uma contribuição expressiva para o volume total de empregos com carteira assinada gerados no Paraná desde janeiro. Além de Curitiba e São José dos Pinhais, os maiores saldos foram registrados em Colombo (2.675 vagas), Fazenda Rio Grande (2.000), Araucária (1.974), Pinhais (1.691) e Almirante Tamandaré (1.371).
Outra região onde o mercado de trabalho está mais aquecido é o Oeste do Paraná. Cascavel lidera com 5.238 novas vagas abertas, seguida por Toledo (4.155), Foz do Iguaçu (2.485), Assis Chateaubriand (995), Marechal Cândido Rondon (698) e Medianeira (684). O Sudoeste vive situação parecida, puxado pelo desempenho de Pato Branco (1.783 empregos), Dois Vizinhos (1.583) e Francisco Beltrão (784).
Além dos municípios já citados, outras cidades-polo de suas respectivas regiões também tiveram alta na criação de postos de trabalho. É o caso, por exemplo, de Maringá, no Noroeste, com 5.209 vagas; Ponta Grossa, nos Campos Gerais (4.155); Paranaguá, no Litoral (1.544); e Apucarana, no Vale do Ivaí (1.191).
CRESCIMENTO PROPORCIONAL – Os dados do Caged também apresentam dados sobre o saldo da geração de empregos em relação ao volume total de trabalhadores empregados com carteira assinada em cada município, o que o levantamento chama de estoque de empregos. A métrica, chamada de variação relativa, ajuda a mensurar a economia a partir de um aspecto mais proporcional.
Neste quesito, quem lidera é Doutor Ulysses, que registrou 130 contratações a mais do que demissões em 2025, o que equivale a uma variação relativa de 82%. O índice municipal tem sido beneficiado pela construção civil, algo que pode ser explicado pelas obras de pavimentação da PR-092, o que permitirá que a cidade – que é uma das últimas do Paraná sem ligação asfáltica – finalmente seja plenamente integrada ao restante do Estado.
Os outros maiores índices de variação relativa no saldo de empregos ocorreram em Santa Inês (23%) e Francisco Alves (26%), no Noroeste; Mato Rico (26%), na região Central; Itambaracá (25%) e Munhoz de Melo (23%), no Norte; e São Pedro do Iguaçu (23%), no Oeste do Paraná.
Consulte
os dados completos sobre a geração de empregos nos 399 municípios paranaenses de janeiro a setembro de 2025.
